IDOSOS SÃO ALVOS DE ESTELIONATÁRIOS
Um rapaz pediu R$ 40 reais, porque ele não tinha dinheiro trocado, eu dei pra ele, mas ele sumiu com o dinheiro, era golpe mesmo”, conta um senhor.
Na página na internet da Serasa, empresa que faz levantamentos na área de crédito, há uma lista dos principais golpes aplicados em idosos. Um deles é golpe do recadastramento bancário.
O golpista liga para a vítima e diz que é funcionário do banco em que ela tem conta. Ele convence o idoso a fazer uma atualização dos dados e pede para ele digitar os números da agência, da conta e da senha.
Com equipamentos que identificam os sinais sonoros dos números digitados, os golpistas conseguem ter acesso aos dados da vítima.
“Ele prefere ir atrás do idoso, porque o idoso já é mais acessível. Ele começa pedindo uma informação, o idoso vai dar uma informação maior e é aí que ele começa a contar uma história para a vítima cair no golpe”, explica Eduardo Gobetti, delegado.
O golpe do falso mecânico acontece quando o carro quebra no meio da rua. Alguém aparece dizendo que é mecânico, acaba levando o dinheiro da vítima e não arrumando nada.
No golpe do empréstimo falso, o idoso encontra num jornal uma empresa que empresta dinheiro, mas na verdade não passa de um grupo de estelionatários. Eles dispensam o fiador, mas pedem uma quantia no lugar. A vítima acaba depositando o valor pedido, mas nunca vê a cor do dinheiro.
A polícia não tem dados estatísticos sobre estes golpes, principalmente porque normalmente os idosos não registram ocorrência por vergonha, mas a orientação é que as vítimas procurem a delegacia. Só assim será possível começar uma investigação que acabe levando os golpistas para a cadeia.
Fique atento:
- evite conversar com estranhos na rua e não passe detalhes da vida pessoal;
- nunca trate por telefone com desconhecidos assuntos envolvendo quantias em dinheiro;
- se o carro quebrou, não deixe ninguém mexer no veículo, chame o guincho e tranque o carro;
- se precisar de empréstimo, procure bancos e instituições financeiras já conhecidas no mercado.
Saiba quais são os principais golpes aplicados em idosos:
Conto da aposentadoria
Nesse caso, a vítima não é contribuinte da Previdência Social. O golpista identifica-se como fiscal da Previdência e, demonstrando bom conhecimento de assuntos previdenciários, prontifica-se a conseguir aposentadoria para a vítima, mesmo que sem a contribuição mensal. Esta aceita a proposta e paga várias parcelas em dinheiro pelo serviço. Quando a vítima percebe que tudo não passou de um golpe, o estelionatário some. As denúncias referentes a esse tipo de golpe podem ser feitas pelo Prevfone (0800-780191), de segunda a sábado, das 7 às 19 horas.
Golpe do reajuste atrasado
O golpista identifica-se como funcionário de algum sindicato ou associação e age na saída de bancos ou próximo a entidades de classe. Ele aborda as vítimas dizendo que elas têm direito a receber os reajustes atrasados do benefício previdenciário, oferecendo-se, imediatamente, para agilizar o processo na Previdência Social. Para tal, pede alguns documentos e, para cobrir as despesas, um depósito de 10% do valor ao qual, segundo ele, a vítima terá direito pelos reajustes. Após receber o dinheiro, o estelionatário desaparece.
Golpe do cartão engolido
O golpista, usando um produto aderente, faz com que o cartão magnético do banco utilizado pela vítima fique preso no caixa eletrônico. O estelionatário fica à distância, observando a vítima digitar a senha do cartão. Após várias tentativas, a vítima desiste de usar a máquina e deixa o cartão. O golpista retira o cartão e saca todo o dinheiro disponível na conta corrente.
Golpe do cartão eletrônico
Envolve muita preparação dos golpistas. Em primeiro lugar, eles colocam no caixa eletrônico um dispositivo que prende o cartão magnético do cliente. Logo depois, os estelionatários esperam a vítima. Um deles fica em frente ao caixa eletrônico e coloca um aviso, com o logotipo do banco e o telefone para informações. A vítima, ao ver seu cartão retido, pede informações ao golpista. Esse afirma que o caixa deve estar com defeito, pois foi colocado um aviso do lado de fora da cabine. A vítima decide usar o telefone e é atendida por outro estelionatário, o qual se faz passar por funcionário do telemarketing do banco. A vítima fornece dados como o número da sua conta e a sua senha numérica e é orientada a procurar uma agência bancária para formalizar o extravio do cartão. Com a senha e o cartão em mãos, os golpistas sacam o dinheiro da conta.
Recadastramento bancário
Esse é realizado por telefone. O golpista liga para a vítima e diz ser representante do banco no qual ela possui conta. Na conversa, o estelionatário induz o correntista a fazer seu recadastramento bancário, digitando os números da sua agência, da sua conta e da sua senha. Com equipamentos capazes de identificar os sinais sonoros dos números digitados, os golpistas conseguem ter acesso a essas informações e sacar o dinheiro da vítima.