Saúde

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Cálcio pode aumentar a queima de calorias dos meninos, indica estudo

13 de maio de 2010 (Bibliomed). Meninos que consomem muitos alimentos ricos em cálcio - destaque para os laticínios - parecem gastar mais calorias quando estão descansando do que as crianças que ingerem menores quantidades do nutriente na alimentação, segundo estudo recentemente publicado no Journal of Pediatrics. De acordo com os autores, os resultados podem ajudar a explicar por que alguns estudos associam uma maior ingestão de cálcio a menores níveis de gordura corporal.

Realizado pela Universidade do Alabama, nos Estados Unidos, o estudo incluiu 315 crianças com idades entre sete e 12 anos, avaliando a relação entre o relato de ingestão de cálcio, o gasto de calorias no descanso - com a medida do uso de oxigênio e a produção de dióxido de carbono na respiração - e os níveis de gordura corporal dos participantes. E os resultados mostraram que há uma forte relação entre a maior ingestão de cálcio pelas crianças e um menor nível de gordura corporal, e também uma associação entre o consumo do nutriente e um maior metabolismo de descanso. Além disso, o maior gasto de energia estava associado a menores níveis de gordura corpórea.

Entretanto, quando avaliaram meninos e meninas separadamente, os pesquisadores descobriram que essa relação só seria significativa para os garotos. "Acreditamos que isso pode ter a ver com os hormônios reprodutivos, mas não sabemos ainda", explicou o pesquisador Jose Fernandez. De acordo com os autores, o estrógeno - hormônio feminino - é conhecido por encorajar o acúmulo de gordura, enquanto a testosterona - hormônio masculino - impulsiona a formação de tecido corporal magro.

Para os especialistas, o cálcio ajuda a regular o metabolismo, tendo efeitos sobre o acúmulo de gordura, influenciando o uso de calorias no descanso. Por isso, os resultados do estudo representam mais um incentivo para se buscar a ingestão das quantidades recomendadas do nutriente - 1300mg diários para crianças e adolescentes; 1000mg para adultos com até 50 anos; e 1.200 mg para aqueles com mais de 50 anos de idade.

Fonte: Journal of Pediatrics.

Cientistas descobrem como o vinho tinto protege o cérebro

Resveratrol

Cientistas da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, afirmam ter descoberto como o consumo de vinho tinto pode proteger o cérebro contra os danos de um acidente vascular cerebral.

Duas horas após darem a animais de laboratório uma pequena dose de resveratrol, um composto encontrado nas cascas e nas sementes das uvas vermelhas, os cientistas induziram um acidente vascular cerebral isquêmico nos animais.

Eles descobriram que os animais que tinham ingerido preventivamente o resveratrol sofreram danos cerebrais significativamente menores do que os que não tinham recebido o composto natural.

Hemo oxigenase

O estudo sugere que o resveratrol aumenta os níveis da enzima hemo oxigenase, já conhecida por proteger as células nervosas no cérebro contra danos. Quando o derrame ocorre, o cérebro está pronto para proteger-se graças aos níveis elevados da enzima, explica o Dr. Sylvain Doré, que conduziu os experimentos.

Nos ratos que não tinham a enzima, o resveratrol não teve nenhum efeito protetor significativo e suas células cerebrais morreram após o acidente vascular cerebral.

"Nosso estudo adiciona mais evidências de que o resveratrol pode dar resistência ao cérebro contra o AVC isquêmico," diz Doré.

Benefícios do vinho tinto

O vinho tinto tem recebido muita atenção dos cientistas pelos seus alegados benefícios à saúde. Além de reduzir a incidência e os danos causados pelos acidentes vasculares cerebrais, o consumo moderado de vinho tem sido associada a uma menor incidência de doenças cardiovasculares.

Ainda que a pesquisa confirme os benefícios do vinho tinto, contudo, ninguém sabe ainda o quanto seria ideal para proteger o cérebro, ou mesmo que tipo de vinho tinto poderia ser melhor, porque nem todos os tipos contêm a mesma quantidade de resveratrol. "Precisamos de mais pesquisas," diz Doré.

Paradoxo francês

Este é o chamado paradoxo francês: apesar da dieta rica em manteiga, queijo e outras gorduras saturadas, os franceses têm uma incidência relativamente baixa de eventos cardiovasculares, o que tem sido atribuído ao consumo regular de vinho tinto.

Mas Doré adverte sobre o uso de suplementos de resveratrol, disponíveis junto com vitaminas e minerais em lojas especializadas e sites que vendem suplementos alimentares.

Segundo o pesquisador, o resveratrol não foi avaliado em ensaios clínicos. E, embora o resveratrol seja encontrado nas uvas vermelhas, é o álcool do vinho que pode ser o elemento chave para concentrar os compostos benéficos. Por outro lado, diz o pesquisador, o consumo de álcool traz riscos junto com os benefícios potenciais.